segunda-feira, 11 de abril de 2011

Altair, estamos contigo!

"Se quereis saber o futuro do Fluminense, olhai para o seu passado..." - Um guerreiro que precisa das três cores


O título em questão diz, em poucas palavras, todo um sentimento que se perpetua a cada segundo que bate um coração verde, branco e grená. Nelson Rodrigues não poderia ter escrito com maior felicidade. O Fluminense, de fato, tem a predestinação para a glória. Glória esta que foi construída com momentos de alegria, de lágrima... de paixão. Puro amor alimentado pelo grito tricolor e pela dedicação de grandes mestres - esportistas e humanos - que passaram pelo nosso querido gramado do Estádio Manoel Schwartz.


O Fluminense é um clube que demonstrou vocação para a vida: temos a humildade e a luta de Preguinho, a inteligência de Telê, a classe de Didi com sua folha seca, a coroa de Castilho, dentre tantos outros de uma eterna lista, que, na medida da alma tricolor, carregaram ao fastígio o pavilhão das três cores que traduzem tradição. Saudosos os heróis, pois eles quem sorriem, sentem e choram, por todos, ao mesmo tempo.


Dentre esses, Altair. O homem cuja dedicação se resume em paz, esperança e vigor. Deu ao Fluminense seu talento; deu ao Fluminense sua essência. Abraçou o clube com seu coração e com seu futebol. Muito bem definido por Antonio Carlos Napoleão, "Corpo muito franzino; e futebol de gigante", esse importante personagem do Teatro dos Sonhos tricolor reflete o que é ser Fluminense .


O aspecto simples e humilde carrregava um verdadeiro guerreiro: três vezes campeão carioca (1959, 1964, 1969), duas vezes campeão do Torneio Rio-São Paulo (1957,1960), ademais de conquistar a Copa do Mundo, pelo Brasil, em 1962. O jogador tricolor representou a Pátria Amada com seu coração Fluminense.


Contudo, da mesma maneira que a vida nos dá a Glória, nos dá as feridas. 


Hoje, Altair, que já esteve no pico do louvor humano, padece do frio e cruel Mal de Alzheimer. Doença que afeta, principalmente, o maior tesouro de um ser humano: a memória. É com ela que rimos, choramos, sentimos, arrepiamos e nos curvamos. É sob esta pérola humana que nosso Clube tornou-se imortal.


O que seriam dos sentimentos sem a memória? Aquele gol! Aquele momento! Aquele beijo! Aquela decepção. 


É com estes princípios que o Projeto Tricolor Solidário tem o intuito de ajudar a quem tanto nos deu alegria à memória e ao presente do nosso Clube. Ajudar quem sempre esteve conosco e que sempre estará. 


Contamos com a ajuda do Pavilhão Tricolor, que manterá sempre a memória, independente de Alzheimer. Este pode afetar, principalmente, o cérebro; mas o coração fica intacto. E ali reside a Esperança. Há um tratamento. 


Não sejamos indiferentes. Heróis são lembrados; mas lendas nunca morrem.


Quem já nos fez sorrir e cantar, hoje, conta com você.


Saudações Tricolores


O Projeto Tricolor Solidário está disponibilizando a conta para ajudar:
Todo o valor arrecadado será destinado à Campanha do Altair
 

Renato Melón Souza Neves 
Ag. 3325-1 
C/C 32316-0
Banco do Brasil

5 comentários:

  1. Caro Hugo, brilhante comentário como também brilhante a idéia de levar essa homenagem a frente. Só gostaria de tocar em alguns pontos: Hoje, com essa doença o Altair precisa mais de carinho, de amor, de um ombro amigo do que essencialmente dinheiro. Precisa sim de um médico especialista que o abrace, o problema é que ele está arredio quanto a doença e não a aceita. Por isso, acredito que poderíamos fazer uma homenagem campal, mas com o estádio mais cheio, quem sabe na estréia do Flu no Brasileiro ou nas semifinais do cariocão ? Eu sei que nas semi teremos uma outra torcida rival, então porque não convidá-la para a festa ? Pois o Altair não é só ídolo do Flu , ele é ídolo do Brasil. Quem sabe assim, não arrecadaríamos mais e poderíamos convidar outros craques para participar como Jair Marinho (parceiro mais próximo dele hoje), o Carlos Alberto Torres, o Roberto Miranda etc....Enfim, precisamos mostrar a ele que não está sozinho, pois é muito triste passar por ele e ouvir as mesmas histórias várias vezes, bem como, ver as mesmas fotos, como se fosse a primeira vez.....

    Abraços

    Edésio Monteiro.

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  2. Concordo com o Edesio. Vale a pena termos o estádio cheio e figuras ilustres para dar-lhe mais alegria. A questão financeira também é importantíssima para a recuperação dessa lenda. Altair estou com você essa!

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  3. Edesio, ótima idéia. Eu não tenho contato algum com o Altair e com seus familiares. Por isso, me sinto meio ''travado'' nesta luta e busca por alternativas de ajudar esse ídolo do futebol brasileiro.

    Gostaria assim, que pessoas como você, ajudassem-nos, do Projeto Tricolor Solidário, a buscar aquilo que o Altair mais precisa.

    Como fazer? O que fazer?

    Abraço,

    Saudações Tricolores

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  4. Caro Hugo, contato com familiares também não tenho, mas moro na mesma rua que ele mora, por isso, constantemente o vejo. Com relação a festa, temos que abordar só o fato da homenagem, pois o Altair não aceita a doença, nem gosta que se toque no assunto, por isso dei a idéia da participação de outros ex-jogadores. Quanto a ajuda, pode contar comigo, é só dizer o que vocês pretendem fazer, que por aqui, tento mobilizar outros tricolores para essa empreitada.Temos que fazer uma festa bonita, pois, hoje, ele necessita mais de carinho, amor e apoio do que essencialmente dinheiro. Conte comigo !!!

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  5. Entendo Edesio. Porém faremos também a arrecadação financeira. Já começamos a 2 dias e arrecadamos cerca de 600 reais. De qualquer forma, além da ajuda financeira, vamos pensar sim em uma homenagem digna do que ele foi para o Fluminense.

    Um grande abraço

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